Três instituições que lutam pelos direitos da comunidade LGBT se uniram nesta quinta-feira (21), para mover uma ação contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB).
A atitude dos grupos tem a intenção de reparar os danos morais coletivos sofridos pela comunidade LGBT, após a tentativa de censura causada por Crivella na última Bienal do Livro do Rio. O caso ocorreu por conta de uma HQ de Vigadores, que tinha dois homens se beijando.
A ação é encabeçada pelas entidades Antra (das travestis e transexuais), ABGLT (de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexos) e GADvS (Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero).
Por conta do transtorno causado, que na época foi parar no STF, as entidades pedem a indenização de R$ 1 milhão. O valor deve ser pago pelo prefeito caso a Justiça do conceda o pedido de forma integral.
Em entrevista ao site Gaúcha ZH, a advogada do grupo Antra, Maria Eduarda Aguiar da Silva, disse que a ação coletiva contra o pastor, que é primo de Edir Marcedo, é um ato pedagógico.
“A atitude de Crivella não é isolada. O Brasil entrou numa onda conservadora e voltada para a censura. Estamos vendo o governo federal, por exemplo, censurando editais LGBTs no cinema. Parece que tudo que é para a comunidade está sofrendo um ataque, e a gente precisa combater isso”, apontou.
Com o valor de indenização solicitado, os grupos solicitam que Crivella invista na criação de um fundo para implementar políticas públicas voltadas ao combate à LGBTfobia. Além disso, também é pedido uma retratação pública em um grande veículo de comunicação.