O presidente eleito Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira (05), a questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que faz referências ao Pajubá, dialeto utilizado por gays e travestis e serviu de exemplo de um dos enunciados da prova de Linguagens.
Em entrevista ao Brasil Urgente, da Band, o político detonou o fato do texto com gírias gays ser colocado na avaliação. “Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis”, disse ele ao apresentador José Luiz Datena.
Ainda na entrevista, Bolsonaro assegurou que não pretende acabar com o Exame, mas que o seu governo não vai “ficar divagando sobre questões menores”. “Ninguém quer acabar com o Enem, mas tem que cobrar ali o que realmente tem a ver com a história e cultura do Brasil, não com uma questão específica LGBT. Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim”, opinou.
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Uma das questões abordadas na avaliação de Linguagens, trazia em seu enunciado o título: “Aquenda o Pajubá’: conheça o ‘dialeto secreto’ utilizado por gays e travestis”. Os candidatos então tiveram que responder o que caracterizava um dialeto, a partir desta exemplificação.
“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!”, foi um dos textos utilizados como exemplo. A questão explicou ainda que muitas das palavras utilizadas no pajubá são oriundas do yorubá, língua tipicamente africana.