Jair Bolsonaro (PSL) voltou a dar declarações polêmicas a respeito a comunidade LGBT, ao lançar o programa de governo nesta terça-feira (14). Apesar do texto afirmar que a família deve ser defendida “seja como for” por ser uma instituição sagrada e que o Estado não deve interferir nas vidas dos cidadãos, o candidato à presidência negou que esteja fazendo um “aceno” às famílias homoafetivas.
“Não (é um aceno). Você vai no parágrafo segundo do artigo 226 da Constituição. Para efeito de proteção do Estado, é considerado família a união entre homem e mulher. Se alguém quiser achar que dois homens e duas mulheres são uma família, que proponha a mudança da Constituição”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.
O material da campanha de Bolsonaro propõe um tom conciliador para um Brasil de “diversas opiniões, cores e orientações”, e as pessoas devem ter a liberdade de fazer as suas escolhas e viver a partir dos frutos que essas são acolhidas.
A declaração não surpreende visto que o posicionamento de Bolsonaro sempre contrário a pauta LGBT e que já fez declarações consideradas homofóbicas e que incitavam o ódio. Sendo condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 150 mil ao fundo de defesa LGBT pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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A ação civil pública ajuizada pelo Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-Íris de Conscientização teve como base as declarações do parlamentar ao programa “CQC”, da Band, no dia 28 de março de 2011.
Na ocasião, Bolsonaro disse que não “corria o risco” de ter um filho gay porque seus filhos tiveram uma “boa educação”, com um pai presente. Questionado se participaria de um desfile gay, o parlamentar disse que não porque acredita em Deus e na preservação da família.