A religião mais comum no Egito é os islamismo. E todo mundo sabe que os muçulmanos são conhecidos por serem bastante conservadores em relação à causa LGBT. E uma pesquisa recente confirmou o conservadorismo egípcio: em 4 anos, o governo egípcio prendeu mais de 250 homens por serem homossexuais.
Assim como também acontece na Rússia e na Indonésia, a comunidade LGBT vem sendo pressionada no Egito, vendo seus direitos serem cassados e tendo que inclusive passar por exames anais para comprovar sua sexualidade.
De acordo com Dalia Abdelhamid, ativista da ONG Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais, desde o ano de 2013 o país vem promovendo uma verdadeira caça aos gays, pesquisando em redes sociais publicações suspeitas que possam ser consideradas uma propaganda da homossexualidade e até mesmo fazendo autoridades egípcias se passarem por gays para marcarem encontro através de aplicativos de relacionamentos.
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A ativista revela que acredita que a situação no país piorou quando o presidente Abdelfatah al Sisi, assumiu o governo do Egito em julho de 2013, através de um golpe de estado. Dalia também revelou à agência Efe, que entre o período de 2013 e março de 2017 foram presos pelo menos 232 pessoas suspeitas de praticarem homossexualidade e que neste ano, a ONG registrou pelo menos, outras 57 prisões, totalizando 289 detidos.
Dalia destaca que a mídia no país é fortemente influenciada e controlada pelo governo visando reforçar a mensagem de discriminação aos LGBTs. Ela conta também que a polícia egípcia estimula a sociedade a posicionar contra à comunidade LGBT prezando por valores da família e religiosos.
Na reportagem da Efe, alguns jovens gays, que não preferiram não revelar seus nomes, revelaram que desde que a “caça aos gays” no Egito começou, eles começaram a esconder sua sexualidade, passaram a não frequentar “lugares gays” e passaram a evitar marcar encontros com outros homens.