Na última quinta-feira (10), foi lançada a campanha “É crime, sim. E agora?”, em celebração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. O intuito da campanha é alertar que os números de violência contra pessoas LGBTI+ continuam crescendo no Brasil, mesmo com a criminalização da homotransfobia em nível nacional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde de junho de 2019.
Criada por uma coalizão de organizações do campo LGBTI+ – ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, All Out, ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e RENOSP (Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT+) –, o projeto apresenta dois objetivos principais: a adoção de medidas corretas para levantamento e análise de dados relativos a crimes de LGBTIfobia no país e o fim da violência institucional a que estão sujeitos vítimas, denunciantes e suspeitos por meio de treinamento adequado para policiais civis e militares e guardas municipais.
A campanha pretende recolher assinaturas em um abaixo-assinado online, que será encaminhado a governadoras e governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, para que medidas práticas sejam efetuadas em casos de crimes LGBTfóbicos. O público pode conhecer o documento do projeto através deste link.
Ana de Andrade, ativista da organização All Out, e uma das responsáveis pela campanha, fala sobre como a mudança de um sistema antigo, pode ajudar a melhorar a abordagem sobre as vítimas de crimes LGBTs. “Um protocolo padronizado pode ajudar a garantir que as forças de segurança estejam sempre atualizadas e preparadas para lidar com as pessoas LGBTI+ e com crimes de LGBTIfobia, o que reduziria a violência na hora de denunciar esse tipo de ocorrência”, explica a ativista.
Para conhecer mais sobre “É crime sim. E agora?”, clique em seguranca.alloutbrasil.org.