Homofobia

Casal gay é alvo de ataques por meio de pichação em seu portão "fora gays"

André e Sergio não pensaram duas vezes e foram registrar um B.O online para denunciar o caso

Pichação no portão
Pichação no portão (Reprodução/Globo)

No sábado (28), um casal gay teve seu portão pichado com mensagens homofóbicas e nazistas no Brás de Pina no Rio de Janeiro. André e Sergio não pensaram duas vezes e foram registrar um B.O online para denunciar o caso.

Segundo o portal G1, André ia a um estabelecimento comprar farinha de trigo para fazer um bolo, e durante a saída pelo portão se deparou com a frase “fora gays” e uma “cruz gamada” ao lado. O recepcionista não hesitou e foi correndo procurar pelo marido.

“A gente passou por essa situação muito assustadora. Essa mensagem ameaçadora no nosso portão, levei um impacto, senti um medo tão grande e voltei pra dentro de casa”, disse André Dias.

Pichação no portão
Pichação no portão (Reprodução/Globo)

“Uma ameaça homofóbica, que fazia apologia ao nazismo além de ser um ato de vandalismo contra a propriedade privada. Fora uma ameaça embutida porque a pessoa sabe que eu sou casado com outro homem e quer que os dois saiam daqui, como se não tivesse lugar pra gente aqui. Eu moro aqui há mais de 50 anos”, afirma Sérgio Viula.

O professor de inglês e o recepcionista registrou o caso no Portal da Secretaria de Segurança Publica do Estado e será examinado pela 22ª DP (Penha) e também foi registrada no Ministério Público Federal e no Ministério dos Direitos Humanos.

Espero que essa pessoa ou grupo possa ser responsabilizado por isso de maneira correta dentro da lei e a gente precisa de segurança né. Eu não tinha câmera voltada pro portão, mas os meus vizinhos têm câmera”, reforça André.

O casal falou que tem uma relação muito boa com a vizinhança e que estão tendo apoio dos mesmo para auxiliar na busca dos responsáveis pelos ataques. André e Sergio estão com medo de toda a situação e receiam ataques futuros.

O pior de tudo é como garantir que a pessoa que escreveu isso não volta amanhã e joga um coquetel molotov no portão ou uma pedra? Minha mãe pode estar ali mexendo no jardim e ainda tomar uma pedrada, fico até nervoso de pensar isso”, lamenta Sérgio.

O casal já vive junto por mais de sete anos no mesmo lugar em um ambiente familiar.

“Parece a vila do chaves arco-íris porque a minha irmã vive um relacionamento de casamento inter-racial, a minha mãe vive num relacionamento binacional, a minha outra irmã é casada com uma mulher que é filha de militar já falecido. E eu e o André somos um casal gay, ainda por cima inter-geracional porque eu tenho 54 anos e ele vai fazer 34”, afirma o professor de inglês Sérgio.

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