A Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira (16) um casal gay acusado pelo sumiço, tortura e ocultação de cadáver de um garoto de quatro anos em 2013. O corpo da vítima nunca foi encontrado.
O principal responsável pelo crime, um enfermeiro que era padrinho da criança está foragido e foi julgado, recebeu 25 anos e oito meses de prisão. Já o seu namorado, um estudante universitário, que respondia o processo em liberdade, terá de cumprir pena de dois anos e oito meses em regime aberto por omissão.
A defesa sempre negou a responsabilidade dos réus pelo desaparecimento afirmando que o padrinho tinha dado Luiz Guilherme ao pai biológico, que por sua vez, informou não ter recebido. Provas técnicas demonstram que não houve nenhum contato telefônico entre o suspeito e o genitor do menor.
O casal foi a júri popular, que ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Dos sete jurados, a maioria decidiu pela condenação dos dois. O juiz Paulo de Abreu Lorenzino, da 5ª Vara do Júri, leu a sentença. A defesa do enfermeiro afirmou que vai recorrer.
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A mãe da criança havia a entregado ao primeiro para cuidar dela, por não ter condições financeiras. Segundo o Ministério Público (MP), o garoto tinha obrigações domésticas como limpar a casa e apanhava caso não cumprisse as tarefas.
A justiça comparou o caso com o desaparecimento de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, em 2010. Em ambos os casos, os corpos nunca foram encontrados. Entretanto, o fato não foi empecilho para que as investigações concluíssem que a vítima foi torturada, assassinada e teve o cadáver ocultado.