Um casal lésbico acionou a justiça federal no Distrito Leste do Tennessee contra o professor de ginástica Chuck Comer, da West Valley Middle School, nos EUA. As mães afirmam que a instituição utilizou o time de basquete para promover o programa “Adolescentes por Cristo”.
Segundo o site Pink News, após a admissão do garoto, o time foi informado de que para entrar na equipe teria que estar duas vezes por semana nas reuniões da organização cristã. A programação do grupo começava antes da escola e consistia no professor de ginástica lendo e interpretando a Bíblia por cerca de 30 minutos na sala de aula.
“Se os estudantes se recusassem a participar do programa ‘Adolescentes por Cristo’, seria negada a eles a oportunidade de participar do programa de basquete patrocinado pela escola”, afirma o processo, explicando que “durante as sessões de pregação, eram destacadas ‘questões LGBT+’ como relações com ‘pecado’”.
De acordo com a ação criminal, a escola sabia que técnico estava forçando os alunos a ouvir sermões anti-gays como precedente para o programa de basquete há pelo menos oito anos. O processo alega que “ao fazer proselitismo inconstitucional para os alunos, como condição precedente à participação em atividades patrocinadas pela escola, as ações da instituição violam a cláusula de livre exercício da Primeira Emenda”.
O documento ainda afirma que a família havia sofrido “lesão mental grave” como resultado das ações do professor de ginástica e da cumplicidade da escola.
O estudante do ensino médio e suas duas mães LGBT+ estão pedindo uma liminar para impedir a exigência de participação no programa, além de requerer US$ 1 milhão em indenizações compensatórias e até US$ 10 milhões em indenizações punitivas.