Casal lésbico registra filho pela primeira vez na Itália

Chiara Foglietta e Micaela Ghisleni com o filho gerado por fertilização e impedido de ser registrado na Itália
Chiara Foglietta e Micaela Ghisleni com o filho gerado por fertilização e impedido de ser registrado na Itália (Foto: Reprodução/Instagram)

A denúncia da vereadora Chiara Foglietta em suas redes sociais após não ter conseguido registrar o seu filho em um cartório em Turim, na Itália, gerado através de uma inseminação artificial fora do país, surtiu efeito, e ela juntamente com a sua esposa Micaela Ghisleni conseguiu registrar Niccòlo Pietro, nesta segunda-feira (23).

Esta é a primeira vez que um casal lésbico no país consegue registrar um filho nestas condições, já que a fertilização in vitro só é reconhecida em território italiano para heterossexuais que tenham algum problema de saúde para engravidar.

“Este é o primeiro filho registrado na Itália de duas mães, temos que agradecer à prefeita Appendino e a todos aqueles que, nos últimos anos, lutaram pelo reconhecimento de direitos que devem ser aplicados a todos”, comemorou a parlamentar.

A medida só foi possível graças ao apoio da prefeita da cidade Chiara Appendino. “Esperamos ter gerado o início de um caminho que adapte o atual sistema regulatório à evolução da sociedade civil. Ajudamos a escrever um pedaço da história”, declarou.

LEIA MAIS:

“Sou queer. Nem gay, bi ou hétero”, revela cantora Kehlani

Cartórios do Brasil não respeitam decisão do STF para retificar registro civil de pessoas trans

Em seu perfil no Facebook, Chiara contou que foi orientada a declarar uma relação com um homem para poder registrar o filho Pietro, que nasceu no último dia 13 na Dinamarca. “Para registrar meu filho no cartório tenho que contar uma mentira. Toda criança tem o direito de conhecer sua própria história, a combinação de eventos que a criaram”, reclamou.

O procedimento da inseminação artificial aconteceu na Dinamarca, assim como muitos outros métodos como este que são realizados em outros países da União Europeia (UE), já que na Itália, triagem e congelamento de embriões são proibidos. Além de Foglietta e Ghisleni, um casal gay, pai de gêmeos também passou pelo processo.

As informações são da Agência ANSA.

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais antigos
mais recentes
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários