O casal lésbico Sheri e Alyssa Monk acusa o chefe de discriminação no trabalho, por segundo ele, elas seriam “lésbica demais”. As duas faziam parte da equipe de paramédicos e socorristas de Pincher Creek, no Canadá. Os superiores avisaram que elas não poderiam falar sobre questões pessoais ou demonstrar afeto entre elas no local de trabalho.
De acordo com às vítimas, o uso da palavra “esposa” foi considerada como a gota d’água pelo superior delas, segundo relatou alguns colegas de trabalho. Após muita insistência do chefe para que parecessem menos lésbicas as namoradas decidiram pedir demissão.
Após a saída no emprego, Sheri e Monk resolveram trabalhar por conta própria e abriram uma mercearia: uma mercearia. Para pagar as despesas do novo investimento, foi preciso vender a casa na qual moravam. O novo endereço, no entanto, fica há três horas do trabalho e elas são obrigadas a ficar longe dos filhos.
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Um ex-colega do casal disse em entrevista à CBC News que elas não tinham mal comportamento dentro do ambiente de trabalho. Ele acredita que as mulheres sofreram discriminação por conta da sua orientação sexual.
“Estávamos trabalhando em um lugar onde tínhamos que fingir não sermos casadas se nos referíamos uma a outra. Também não podíamos falar de vida pessoal, familiar ou sobre os filhos. E isso não era exigido de nenhum casal hétero por lá”, revelou.
As companheiras entraram com recurso na Comissão de Direitos Humanos, mas acreditam que o processo pode durar anos até ser definitivamente julgado. Além de raramente serem pagos quantias satisfatórias de indenização, nestes casos.