Um casal responsável por um campo de “terapia de conversão sexual” nos Estados Unidos, foi preso indiciado por crimes como abuso, tráfico de pessoas e trabalho escravo. Gary e Meghann Wiggins estão sendo acusados por, pelo menos, quatro vítimas.
Conhecidas como “cura gay” as terapias de conversão sexual são legalizadas em diversas partes dos Estados Unidos. Apenas 18 dos 50 estados possuem legislação que proíbe a prática. Gary Wiggins, 49 anos, já havia sido proprietário de um desses campos anteriormente, local em que também foi acusado de assédio e abuso pelos adolescentes em tratamento. Recentemente, o filme “A má educação de Cameron Post” retratou um desses campos nos Estados Unidos.
Os jovens, todos meninos, afirmaram às autoridades que o casal os obrigava a trabalhar nos negócios da família, sem receber qualquer pagamento, e que eram constantemente deixados sem comida ou em confinamento de solitária como punição por qualquer erro. Também afirmaram que o pastor utilizava termos como “viadinho” e “bichinha” para se referir aos garotos, bem como os agredia com cintadas para “retirar a homossexualidade deles”. As vítimas tinham entre onze e dezessete anos de idade.
As terapias de conversão sexual são PROIBIDAS no Brasil desde os anos noventa pelo Conselho Federal de Psicologia. Este ano, o Supremo Tribunal Federal reforçou este entendimento ao suspender uma decisão judicial que permitia a prática. Apesar disso, recentemente, a Ministra Damares Alves se reuniu com um grupo de Psicólogos que apoia a prática.