A Assessoria Especial de Políticas LGBT da Prefeitura de Araraquara (SP) divulgou, nesta semana, um relatório que retrata os dados de LGBTfobia na cidade. O que mais chama atenção são os casos de transfobia registrados na Morada do Sol, que aumentou 128% entre 2017 e 2018.
De acordo com A Cidade On, a assessoria registrou 16 denúncias no ano passado, em frente à sete registradas no ano anterior. As informações são baseadas em registros de ocorrência e também no Centro de Referência LGBT.
A Prefeitura informou que, no geral, foram contabilizadas 32 ocorrências de LGBTfobia na cidade. Isso soma 14% a mais que em 2017, e os casos de transfobia isolados representam metade das ocorrências recebidas pela Assessoria Especial. Araraquara registrou, ainda, oito casos de lesbofobia. Seis casos de homofobia e dois de bifobia. Ao todo, foram 10 casos de agressões físicas, 18 casos de agressões verbais/morais. Uma tentativa de homicídio, um suicídio e dois casos de estupros.
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A assessora de Políticas LGBT da Prefeitura, Filipe Brunelli, ressaltou a preocupação com os dados. “Nós tivemos um disparo de notificações de transfobia no município. Isso é muito preocupante porque a população trans é a mais marginalizada. De toda a sigla LGBTQIA+, a população trans é aquela que tem seus direitos violados a todo o momento porque a expressão de gênero, a identidade de gênero dessa população chega primeiro nos espaços antes mesmo do que a própria pessoa”, afirmou.
“Vale destacar que, infelizmente, muitos casos não são notificados ou denunciados. Esses números representam somente os casos que chegam até a Assessoria Especial. Porém, muitas pessoas sequer levam o caso adiante por medo de perder o emprego. Sofrer alguma retaliação em casa ou até mesmo por sofrer retaliação social”, explica Filipe Brunelli.