Nesta quarta (24) voltaram a funcionar os quatro centros de cidadania LGBT do estado.
O serviço estava funcionando parcialmente e contava com a solidariedade dos profissionais.
De acordo com a Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, a retomada dos serviços acontece após o pagamento dos salários atrasados dos funcionários do programa Rio Sem Homofobia.
Depois de cinco meses sem salários, os funcionários tiveram os benefícios de janeiro, fevereiro e março depositados. Eles ainda precisam receber o pagamento de abril e maio.
A crise também prejudicou o Disque Cidadania, a central telefônica mantida pelo programa Rio Sem Homofobia. O serviço atende denúncias de preconceito e dá orientações importantes. O serviço chegou a funcionar 24 horas por dia, com 12 telefonistas. Mas atualmente tem apenas três e só atende de 10h às 17h.
O programa Rio Sem Homofobia fez 5.324 atendimentos entre 2015 e 2016. Setecentos de trinta e dois casos eram de violência. Entre janeiro e março deste ano mesmo sem estrutura foram 298 atendimentos, sendo 45 de violência.
Por causa da crise, os movimentos LGBT vão enfrentar outro problema. Em 2017, as paradas gays da cidade não vão receber apoio financeiro da prefeitura. No ano passado o grupo que organiza a parada em Copacabana recebeu R$ 340 mil. A prefeitura disse que vai dar apoio logístico aos eventos e que autorizou – pela Riotur e Rio Eventos – a captação de patrocínio da iniciativa privada.
Fonte: G1