A ciência criou um anticorpo que ataca quase todos os tipos de vírus HIV, chegando a ser eficaz em 99% dos casos. A concepção tornou os pesquisadores mais otimistas em relação a uma possível descoberta de um método preventivo para a infecção em primatas.
A substância faz parte de uma parceria entre o Instituto Nacional de Saúde (NHI, sigla em Inglês) dos Estados Unidos e a farmacêutica Sanofi, e foi desenvolvida para atingir as três partes consideradas mais críticas do vírus, o que faz com que o vírus não consiga resistir aos seus efeitos.
O estudo foi publicado pela revista científica Science e combina três anticorpos em um “triplo anticorpo específico” mais poderoso. “Eles são mais potentes e têm uma amplitude maior do que qualquer anticorpo natural que tenha sido descoberto”, afirma o diretor científico da Sanofi Gary Nabel, em entrevista a BBC.
Leia Mais:
Amor é um estado de demência com prazo de validade, diz pesquisa
Notícias Relacionadas
Luta por direitos
Dia da visibilidade trans: desafios e avanços na luta por direitos e dignidade
Em 20 de novembro, o mundo celebra o Dia Internacional da Visibilidade Trans, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade trans, destacar suas conquistas e, sobretudo, reconhecer suas lutas diárias por direitos e dignidade. Para Noah Scheffel, CEO da EducaTransfarma e um dos maiores defensores da diversidade e inclusão, esta […]
Gay for pay
Garotos de programa no Grindr: veja os códigos usados no app
A prostituição masculina moderna migrou para aplicativos de pegação e profissionais do sexo driblam moderação com códigos específicos
Pabllo Vittar se recusa a dar entrevista para repórter trans: “Estrelismo”
“Estamos conseguindo cobertura de 99% e com concentrações muito baixas do anticorpo”, revelou ele, que utilizou cerca de 24 macacos para realizar o experimento. O resultado mostrou que nenhum dos animais contraiu a infecção após o super anticorpo ter sido injetado.
Agora, a pesquisa vai avançar para fazer os primeiros testes com humanos, que devem começar no ano que vem. “É cedo ainda e, como cientista, espero que os primeiros ensaios sejam iniciados em 2018”, prevê a professora Linda-Gail Bekker, presidente da Sociedade Internacional de Aids.
“Como médica na África, sinto a urgência de confirmar essas descobertas em humanos o mais rápido possível”, considerou ela.
