A funkeira transexual Antonella, de 28 anos, é a nova aposta do funk carioca. Moradora do Vidigal, a cantora prepara o seu primeiro álbum, após o hit “Me Atiça” que vem conquistando as rádios. Em entrevista ao jornal Extra, a artista revelou que pretende entrar para a história da comunidade.
“Venho para fazer na história na comunidade LGBTQIA+ e quebrar ainda mais tabus”, contou Antonella. A artista também conta que começou a transição aos 25 anos. “Eu era muito magrinha e queria pegar um corpo. Comecei a malhar, tomar hormônio e fui crescendo. Tomo hormônio até hoje. É um processo longo, tomo injeção e comprimido, mas é gratificante você vê o seu corpo mudando”, afirma.
Filha de mãe evangélica – que faleceu recentemente devido a Covid-19, Antonella conta que se inspira em Beyoncé, Rihanna, Cardi B, Britney Spears e Mariah Carey em sua carreira. “Também amo a Ludmilla, Gloria Grove, Lexa e Luísa Sonza e seria um sonho fazer uma parceria com elas”, revela a estrela.
Solteira, Antonella também conta que lida com o preconceito em seu dia a dia: “Sei que sou uma pessoa que não tem como passar num lugar sem ser enxergada. Tenho o estereótipo de mulher grandona (gostosona) algumas pessoas nem acreditam que sou uma mulher trans, outras já ficam na dúvida. Aí eu pergunto se está acontecendo algum problema. Porque as pessoas acham que mulher trans é diferente e de outro planeta. Todos merecem respeito. Me dá vergonha que em pleno 2021 tenha gente que compartilha ignorância. Se nós não nos aceitássemos, todos estaríamos mortos. E isso realmente acontece, sabe por quê? Porque existem pessoas que não sabem o significado da palavra respeito”.