O Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal entraram com uma investigação de condutas violentas no atendimento de uma conselheira tutelar a uma adolescente na capital em setembro de 2024.

A mulher, identificada como Cláudia Damiana da Silva Teixeira, é acusada de violência institucional após comentários discriminatórios, coação psicológica, revitimização e exibição de conteúdo sensível para a jovem.

Na denúncia, a vítima alegou que foi atendida por Cláudia Damiana na UPA do Sol Nascente, e durante a conversa, relatou ter sido alvo de violência psicológica e violência sexual cometidas pelo próprio pai.

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Em resposta, a conselheira tutelar disse uma série de ofensas e repreendeu a adolescente, com frases que apontavam que ser lésbica "é coisa do demônio", além de que "o que você está me dizendo é pecado". Além disto, ao fim do atendimento, a conselheira tutelar teria mostrado à jovem uma foto com um conteúdo sobre automutilação.

Após a visita de Cláudia Damiana, a adolescente de 17 anos tentou tirar a própria vida, felizmente, sem sucesso. Uma medida protetiva de urgência foi aplicada contra a conselheira sob pena de prisão em caso de descumprimento. Além da Polícia Civil (PCDF) e do Ministério Público (MPDFT), a Comissão de Ética e Disciplina dos Conselheiros Tutelares (Cedicon) abriu um processo administrativo.