POLÊMICA

Conservador e anti-LGBTQIAPN+, religioso é suspenso por participar de orgias gays

Gergo Bese não é um pároco católico comum; além de sua atuação na igreja, ele se destaca como figura midiática, participando de programas de TV

Gergo Bese - Divulgação/Reprodução/Instagram
Gergo Bese - Divulgação/Reprodução/Instagram

A Igreja Católica da Hungria está no centro de uma grande polêmica após ser descoberto que um dos párocos da instituição religiosa frequentava festas gays e aparece em vídeos explícitos mantendo relações sexuais com outros homens.

Gergo Bese não era um religioso comum; além de sua atuação na igreja, ele se destacava como figura midiática, participando de programas de TV e sendo um dos mais influentes aliados do primeiro-ministro Viktor Orbán.

Sua postura pública sempre foi de repúdio à comunidade LGBTQIAPN+, apoiando, inclusive, a polêmica lei de 2021 que proíbe discussões sobre identidade de gênero e sexualidade para crianças e adolescentes nas escolas húngaras.

A hipocrisia de Bese veio à tona com a divulgação de imagens dele em sites de pornografia gays e relatos de que ele mantinha relacionamentos duradouros com outros homens. Segundo o portal Válasz Online, prostitutos também participavam das orgias.

A notícia viralizou nos últimos dias, gerando indignação não apenas pela contradição entre sua vida privada e pública, mas também pela posição de destaque que ele ocupava na religião e na política húngara.

Após a repercussão, o arcebispo de Kalocsa-Kecskemé, Balázs Bábel, anunciou a suspensão de Gergo Bese de suas funções sacerdotais. A decisão busca preservar a imagem da Igreja Católica, que enfrenta críticas tanto dos fiéis quanto da mídia.

A polêmica trouxe à luz, outro caso que movimentou o país, envolvendo o eurodeputado József Szájer, também aliado de Orbán, que foi preso pela polícia durante uma orgia gay em Bruxelas. Assim como Bese, Szájer mantinha uma postura pública conservadora, sendo casado e pai de uma filha.