Prefeitura do Rio recria projeto "Damas" para inserção dos transgêneros na sociedade

Projeto "Damas" trabalha na inserção dos transgêneros na sociedade
Projeto "Damas" trabalha na inserção dos transgêneros na sociedade (Foto: Divulgação)

O “Projeto Damas”, recriado pela nova gestão da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS-RJ) da Prefeitura do Rio, tem como meta recolocar profissionais trans, no mercado de trabalho.

Seja socialmente mulheres travestis, ou transexuais que, por razão do preconceito, são postas à margem da sociedade e excluídas como cidadãs.

O Decreto Municipal 33816/11 dispõe sobre a inclusão e uso do nome social de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração direta e indireta. Um importante passo na garantia do respeito a essas pessoas.

“O próximo passo é evoluir com o projeto Damas, ampliando o “currículo” com cursos de ouvidoria e gestão administrativa, além de buscar uma aproximação com universidades e escolas técnicas para criar pontes com diversos cursos, sejam eles de graduação ou técnicos. É preciso ser funcional. E para isso, devemos melhorar”  explica a trans Beatriz Cordeiro, supervisora do projeto “Damas”. “ As pessoas trans também são contribuintes, eleitoras, trabalhadoras, empreendedoras, filhas, filhos,  irmãs e irmãos” finaliza Beatriz  que já de submeteu à cirurgia de transgenitalização  como também à requalificação civil.

Precisamos avançar ainda mais, conta a nova administração da Prefeitura do Rio, queremos empoderar de fato suas funcionárias e alunas trans para que possamos ir além da escolaridade (fundamental no desenvolvimento pessoal e profissional), do acesso aos equipamentos de saúde e a informação.

“Esses são direitos básicos, infelizmente ainda negados, mas que já são possíveis graças ao esforço de muitos. No entanto, a reinserção no mercado formal de trabalho de mulheres  e homens trans ainda é muito baixa. É preciso vencer resistências e estimular o surgimento de talentos, de empreendedoras, de profissionais dispostas a mostrar seu valor para a sociedade e, muitas vezes, para si mesmas” conta Nélio Georgini que é coordenador especial da diversidade Sexual do Rio, CEDS-Rio.

Nélio ainda explica que com a ajuda das secretarias de saúde, educação e assistência Social, cidadãos trans têm acesso ao programa de atenção básica primária de saúde, porta de entrada para qualquer tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS) e oportunidade de estudar. Juntas, essas secretarias compõem o cronograma de aulas do Damas. “

Assim como toda a Prefeitura, a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) está sendo reestruturada para progredir com as demandas do segmento LGBT. A metodologia pedagógica do Projeto Damas e as execuções de suas ações estão sendo revistos e outras secretarias e órgãos públicos serão já estão participando do processo, assim como toda a sociedade. As secretarias  já assumiram um compromisso com a nova gestão na parceria. Com apenas uma semana de atuação a nova gestão já articulou inúmeros progressos nesta pauta.

“No Dia da Visibilidade Trans, chegou a hora de dizer que mulheres e homens trans existem e, merecem plena cidadania, respeito, qualidade de vida e possibilidade de usufruir de todos os benefícios garantidos pelas leis do país. (Trans) significaremos a inclusão daqueles(as) que estão em busca do seu direito de ser feliz” pontua  Nélio Giorgine.

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