Courtney Love, vocalista da banda Hole, e o compositor de hits Justin Tranter, entrevistaram um ao outro para uma publicação da revista Out. Enquanto conversavam, os dois falaram sobre suas vivências e dificuldades na indústria musical, especialmente devido ao sexismo e à homofobia no meio.
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Tranter, que já escreveu músicas de sucesso para bandas como Fall Out Boy, Linkin Park e até para artistas como Justin Bieber e Britney Spears, recebeu o prêmio de Compositor do Ano no BMI Pop Awards 2017. Entretanto, ele se vê como um dos poucos sortudos da comunidade LGBT – no caso, por ser um homem gay – a conseguir avançar na carreira. Ainda assim, ele ainda sofre o preconceito: uma boy band, segundo ele, havia se interessado pelo seu trabalho, mas acabaram decidindo que seria melhor “não tê-lo perto dos integrantes do grupo”.
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Já Courtney fala sobre como é a estrada musical para mulheres. Ela contou que, ao longo de sua carreira, trabalhou majoritariamente com homens (heterossexuais). “Lembro-me de uma amiga minha que conseguiu um trabalho com música. Foi um grande negócio. Consegui fazê-la trabalhar em uma turnê do Nirvana/The Breeders para fazer o som do Breeders, mas levá-la até lá foi uma luta”, disse.
Courtney perguntou à Tranter o motivo por trás de tão pouco representatividade LGBT no mercado fonográfico. “Existem problemas sistêmicos na nossa cultura quando se trata de coisas atrás das cortinas e vistas de forma técnica. Apesar de escrever músicas não ser algo técnico, o ofuscado compositor é visto dessa maneira. Pessoas que não seguem o padrão da heterossexualidade são acostumadas com a ideia de que esses tipos de trabalho não cabem a eles”, respondeu o compositor.