O cantor e compositor carioca Faria, lançou recentemente a faixa “Blackout” como a primeira peça de seu aguardado quarto álbum de estúdio, intitulado “CORAÇÃO DESERTO”. O single, que já está disponível em todas as plataformas digitais, traz uma narrativa única sobre o amor. No processo de criação do setlist para seu novo projeto, Faria não apenas mergulhou na construção de melodias envolventes, mas também revelou seu lado mais íntimo.
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A canção é uma declaração de amor ao seu namorado, o ator e cantor Tom Cabral. Para o artista, a música é uma oportunidade de expor suas emoções mais profundas e de abraçar sua identidade bissexual. Segundo Faria, a decisão de abordar sua sexualidade é um elemento central no álbum. Apesar de sempre ter sido muito discreto com sua vida pessoal, se sentiu seguro para trazer esse lado ao público.
“Eu sempre tive uma preocupação muito grande com o que eu ia expor da minha vida. Eu nunca tive muitos relacionamentos, isso é uma coisa que eu sei que tem uma vida pessoal e uma vida profissional, mas elas acabam se misturando por conta do que eu conto nas minhas letras. Acho fundamental dividir isso com as pessoas, eu sou demissexual, só consigo ficar com as pessoas quando existe afeto. Eu não tive muitos relacionamentos na minha vida, só que mesmo assim estou dividindo essa música e as pessoas sabem que ela é para o meu namorado”, diz.
O cantor conta que essa canção marca um momento significativo, em que, pela primeira vez, compartilha abertamente aspectos mais íntimos. “Eu nunca estive com alguém como um relacionamento adulto, então é a primeira vez que eu sinto pé firme pra falar a respeito, e além de tudo, eu acho que meu namorado é muito meu amigo e a gente criou essa relação.
Pra mim foi muito tranquilo falar sobre isso e sobre a gente. A minha sexualidade é uma descoberta muito recente, é de julho do ano passado, então o álbum veio junto com isso pra contar toda uma história de dentro de mim”, revelou. Segundo Faria, Blackout foi uma das músicas mais tranquilas que já escreveu. “Eu tava muito certo do que eu estava falando ali. O álbum também fala sobre isso, de estarmos numa geração onde as coisas são muito plásticas e duram muito pouco”, declarou.