'Cura gay' é proibida por profissionais de saúde em Israel

Profissionais prometem "reverter" a condição sexual ou de gênero de um indivíduo.
Profissionais prometem "reverter" a condição sexual ou de gênero de um indivíduo. (Foto: Reprodução/Internet)

Nesta quarta-feira (9), a população LGBT israelense teve um motivo para comemorar. A terapia de conversão, chamada de cura gay, foi proibida por profissionais de saúde no país. Os médicos que contrariarem a decisão e insistirem em aplicar o método poderão ser expulsos da Associação Médica de Israel (IMA). A entidade representa 90% dos médicos israelenses.

De acordo com O Globo, a porta-voz da IMA emitiu um comunicado sobre o assunto. No informe, Ziva Miral justificou a proibição. “Os tratamentos para mudar a orientação sexual foram considerados ineficazes e podem causar danos mentais, como ansiedade, depressão e tendências suicidas.”

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Partindo da crença de que LGBTs são doentes mentais, a cura gay pode incluir hipnoses e até mesmo choques elétricos. Segundo informações de uma rede de grupos LGBTs, a ILGA, outros países também estão considerando vetar a terapia de conversão. Indícios de proibição são realidade no Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália.

Israel é um dos poucos países do Oriente Médio que permitem relações homoafetivas. Junto a ele, estão apenas Jordânia e Bahrein, em meio a 15 países que formam a região. Todo o resto pune a prática, inclusive com pena de morte.

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Uma das autoras de um artigo da IMA publicado esta semana, Ruth Gophen comenta sobre pessoas que já passaram pela cura gay no país. Segundo ela, é impossível estimar a quantidade e os danos, visto que a terapia de conversão geralmente é feita de forma secreta.

Para Chen Arieli, presidente da Associação Israelita LGBT, a proibição foi um “avanço”. “Nosso objetivo é fortalecer as organizações religiosas LGBT para ajudá-las a alcançar os jovens que podem estar em risco de receber tratamento de conversão”, explicou.

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