LGBT
Um estudo descobriu que cerca de 67% dos jovens LGBTQIAPN+ no Brasil já esconderam ou omitiram características como a orientação sexual ou a identidade de gênero por medo de preconceito nos locais que frequentam.
De acordo com a pesquisa feita pelo Espro (Ensino Social Profissionalizante), entidade sem fins lucrativos atuante em todo o território nacional, a escola ou faculdade e o ambiente familiar são espaços ainda desafiadores para eles vivenciarem suas diversidades.
Para o levantamento, foram ouvidos cerca de 3.257 jovens de diferentes regiões do país, com três em cada dez deles declarando-se LGBTQIAPN+. E, 76% dos jovens LGBTQIAPN+ apontaram já ter ocultado suas diversidades no ambiente familiar; 69% foram relacionados a escola ou faculdade, seguida pelos espaços religiosos (67%) e os serviços como transporte público, saúde e restaurantes (65%).
No comparativo a outros grupos - por gênero, raça e cor -, os jovens LGBTQIAPN+ também são os que mais vivenciam ou presenciam situações de preconceito no dia a dia. Mas, a escola ou faculdade é o ambiente com mais menções (87%), além de serviços (84%), ambiente familiar (82%), espaços religiosos (77%) e trabalho (52%).
Entre os jovens negros ouvidos pelo estudo, 80% relataram ter passado por episódios de preconceito na escola ou faculdade, e 63% no ambiente familiar. Para as mulheres, esses números salta para 82% e 67%, respectivamente.
Já com os homens cisgênero, heterossexuais e brancos, as percepções de preconceito são, de foram previsível, menores: 67% mencionam a escola ou faculdade, 64% os serviços, 48% a família e 45% os espaços religiosos. O ambiente de trabalho é novamente o menos citado, com 35%.
“O resultado da pesquisa aponta que a realidade dos jovens é múltipla, e sua experiência no mercado de trabalho, escola e outros ambientes é marcada pela sua identidade. Isso fica evidente quando se compara a realidade de jovens brancos, hetero e cis não apenas com a realidade de jovens LGBTI+, mas também com a dos jovens negros, por exemplo”, avalia Beatriz Santa Rita, especialista em diversidade e inclusão e CEO da Diverse Soluções.
“É fundamental que as instituições de ensino, empresas e demais organizações reforcem os mecanismos de enfrentamento às discriminações e as práticas voltadas à segurança e à inclusão dos jovens. Caso contrário, enfrentarão dificuldades para atrair e engajar este público, seja como estudantes ou como colaboradores”, completou Santa Rita.
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