A configuração familiar têm sofrido mudanças significativas nos últimos tempos. Em atenção aos direitos dos casais homoafetivos, novos arranjos ocasionaram em um importante avanço no que diz respeito aos modelos familiares. Por meio de técnicas de reprodução assistida, o sonho de constituir uma família agora já pode ser uma realidade, amparada por lei.
Mãe, empresária e militante! Assim Marcelane Batista, que divide o título de “mãe da Lia” com sua companheira, se define. O registro civil por casais homoafetivos é possível, mas segundo a influenciadora ainda há muito que se conquistar: “nosso maior desafio é fazer com que a sociedade entenda que somos duas mães e sermos incluídas na sociedade como qualquer outra configuração familiar. O preconceito é nosso maior desafio!”, afirma.
O trabalho com assessoria através do Instagram (@amor_de2maes) possibilitou às mães da Lia ganhar visibilidade nas redes sociais, tornando-se destaque no assunto. Segundo Marcelane Batista, sua área de maior interesse é justamente aquela voltada para o público lgbtqia+, meio em que levantam a bandeira e lutam por uma causa em comum: “muitos casais nos procuram para tirar dúvidas e até mesmo por precisarem de apoio em situações como esta”, comenta
O interesse em se tornar digital influencer veio a partir de trabalhos realizados com clientes que já eram blogueiros. Já a inspiração veio após a maternidade, quando em decisão conjunta com sua companheira optaram por ter um bebê por meio da inseminação caseira: “durante esta etapa vimos que a informação é falha para duas mães e no procedimento não convencional que fizemos, o que nos deu força pra lutar”, explica Marcelane Batista.
Apesar dos avanços recentes, a luta deve continuar em busca da proteção das famílias homoafetivas. Para as famílias de baixa renda, a inseminação caseira apresenta-se como uma solução, tendo em vista a dificuldade de arcar com outros tipos de procedimentos de valores exorbitantes. No entanto, os desafios ainda são grandes: “temos que levantar a bandeira para conseguir mais direitos para nossa configuração familiar, e lutar para que mais famílias consigam realizar sonhos que ainda estão bem distantes da realidade de muitas famílias”, finaliza Marcelane Batista.