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Polícia

Enfermeiro gay alega ser vítima de homofobia ao buscar curso em centro islâmico

O centro islâmico informou que as denúncias feitas pelo enfermeiro são “infundadas” e “desconexas”

Publicado em 18/01/2023

Douglas Zanin, de 45 anos, estava em busca de mais conhecimento e, na tentativa de se inscrever para um curso de idioma gratuito no centro islâmico na zona leste de São Paulo, ele afirmou que sofreu homofobia no estabelecimento.

O enfermeiro deu mais detalhes ao portal Metrópoles dizendo que, na sexta-feira (13), ele havia ido ao Centro Islâmico Imam Al Mahadi de Diálogo no Brasil (Ciadb), que fica no Belenzinho, para saber mais informações sobre o curso de árabe, oferecido pela instituição nas redes sociais.

O rapaz deu mais detalhes e disse que foi atendido pelo xeque Mahdi Elah, que ficou muito feliz com o interesse do enfermeiro pelo curso, porém após descobrir sua sexualidade ele mudou seu modo de falar.

Ele demonstrou alegria quando eu disse que queria aprender árabe e também perguntou se eu tinha interesse em aprender mais sobre o livro sagrado Alcorão. Quando eu disse que conhecimento nunca é demais, ele ficou contente, colocando a mão no peito e falando para Deus me abençoar”, conta o enfermeiro.

O responsável pelo atendimento de Zanin pediu que o mesmo retornasse no final da tarde, para um evento inter-religioso que teria no local, e para que pudessem discutir melhor sobre o curso. E ainda perguntou para o enfermeiro se ele era casado.

Eu disse que não era casado, nem tinha filhos. Por fim, eu disse que era gay. Depois disso, ele falou se eu sabia que isso ser gay diante das leis de Deus estava errado e acrescentou que se eu me entregasse a Deus poderia até me casar com uma mulher.”

Segundo o enfermeiro, ele foi ignorado desde o momento em que falou sua orientação sexual para o xeque. “Na verdade, ele me ignorou o tempo todo, até o fim do evento inter-religioso”, disse Zanin. E ainda disse que após o evento acabar foi atrás dele para ter as informações que ele havia lhe prometido, porém foi informado de que não haveria mais curso.

Ele deixou muito claro que não me queria ali. É um absurdo como os esgotos da homofobia, do preconceito, foram abertos. Homofobia sempre existiu, mas não é seu gênero que define seu caráter”, disse Douglas, que efetivou a ocorrência online.

O centro islâmico informou que as denúncias feitas pelo enfermeiro são “infundadas” e “desconexas”, e ainda afirmou que isso “denigre a imagem do centro e de um líder religioso”.

Sobre ele ser homossexual, ser impedido de participar do curso, nem se tocou nesse assunto no dia, até porque estava tendo um encontro inter-religioso. Ele estava presente e o único ponto que ele tocou sobre foi o curso de árabe, somente isso e nada mais”,  afirmou a entidade.

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