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Engenheira sofre ataques tidos como transfóbicos de “cristãos conservadores” durante live

Show de horror teve presença da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL)

Michelle Brea Soares
Michelle Brea Soares (Reprodução: Instagram)

Nesta sexta-feira (18), a engenheira de sistema Michelle Brea Soares, de 40 anos, foi vítima de comentários categorizados como transfóbicos durante uma live com a presença de influenciadores religiosos. Nas redes sociais, os internautas se mostraram indignados com a forma desrespeitosa como Michelle foi tratada, já que ela é uma mulher trans e, diversas vezes, foi tratada no masculino.

A live teve apresentação de Samuel Zalton, que se declara como conservador. O vereador mineiro Nikolas Ferreira (PRTB) e a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL), também participaram da conversa. Entretanto, o que chamou a atenção dos internautas foi a forma como conduziram o diálogo, sempre se referindo à Michelle no masculino.

Na nossa religião não existe essa distinção de sexo e gênero. Então, com relação aos meus princípios, da maneira que levo minha vida, eu devo te tratar sem negar os meus princípios”, disse Samuel, deixando a convidada totalmente constrangida. “O artigo quinto da constituição federal prevê a liberdade de pensamento e de expressão. Da mesma forma que ela prevê essa tua liberdade religiosa e direitos e deveres iguais entre todos os brasileiros. Só que o limite da liberdade de expressão é a lei. Quando você incorre criminalmente em algumas coisas por causa da sua fé, isso é um problema. Meu nome é Michelle“, rebateu a engenheira.

Por fim, Michelle deixou claro o limite da entrevista caso não existisse respeito com ela. “A gente pode conversar no nível do respeito, ou na base da porrada. Eu gosto de conversar no nível do respeito, mas se você não consegue respeitar o meu gênero, a gente já começa difícil”, afirmou.

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