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Debate

Carolline Sardá e Espectro Cinza falam sobre mulheres trans no esporte e dentro do movimento feminista

Tema é espinhoso em nível global

Publicado em 25/08/2023

Influenciadoras digitais e feministas, Carolline Sardá (Feminista marxista) e Selva Varotto – do Espectro Cinza – (Feminista liberal) foram convidadas para debater sobre feminismo e suas diferentes segmentações no canal Inteligência Limitada.

Dentre os assuntos abordados, ambas foram indagadas sobre mulheres trans no esporte, assunto que suscita polêmica global que se arrasta por anos. As duas convergiram no fato de que os estudos acerca do tema ainda são tímidos e, nesse sentido, resolveram não cravar nada tão incisivo sobre a pauta.

Confira as respostas

Polêmica

Este tema é espinhoso em nível global. Recentemente, por meio de um comunicado oficial, a associação Mundial de Treinadores de Natação (WSCA, na sigla em inglês) expressou o desejo de articular uma categoria estritamente para pessoas trans.

A decisão vem após o imbróglio, especialmente depois de Lia Thomas se destacar no esporte.

A testosterona 

Entender a testosterona e como o hormônio atua e se sedimenta é fundamental para compreender algumas diferenças entre os sexos, inclusive evolutivas, visto que nem tudo é construção social. Expectativas sociais são construídas socialmente.

Carole Hooven, autora de testosterone, nos mostra como a testosterona aumenta nossa libido, nossa energia, nossa força e também o nosso desejo de correr riscos. Já que o rompante agressivo costuma nos colocar em situações, muitas vezes, conflituosas.

Ela pesquisou justamente a função do hormônio como base para aspectos do comportamento masculino. A especialista traçou o papel da testosterona no mundo natural, demarcando o seu papel na diferenciação de machos de fêmeas em todo o reino animal. Seus níveis muito mais altos nos machos – 10 a 20 vezes maiores que nas fêmeas – atuam como um interruptor que ativa os genes, criando indivíduos mais fortes e musculosos, genericamente com um comportamento mais agressivo e resistente. Ela disse que começou a pensar em fazer pesquisas após observar os chimpanzés em seu ambiente natural e seus procedimentos defronte à diferentes situações.

Existem atletas mulheres que naturalmente produzem mais testosterona e são mais fortes que a média regular, como é o caso de Caster Semenya, que tem um distúrbio endócrino. Porém, estudos globais costumam observar padrões genéricos do ser humano, por isso, generalizam. Estudos apontam que, no geral, fêmeas mais fortes conseguem se equiparar em força física somente aos machos mais fracos.

Um estudo de 2020, publicado na revista Sports MedicineMulheres Transgêneros na Categoria Feminina do Esporte: Perspectivas sobre Supressão de Testosterona e Vantagem de Desempenho –

O Comitê Olímpico Internacional (COI) determinou critérios pelos quais uma mulher transgênero pode ser elegível para competir na categoria feminina, exigindo que os níveis totais de testosterona sejam suprimidos abaixo de 10 nmol/L por pelo menos 12 meses antes e durante a competição. Aqui, revisamos como as diferenças nas características biológicas entre homens e mulheres biológicos afetam o desempenho esportivo e avaliamos se existem evidências para apoiar a suposição de que a supressão de testosterona em mulheres transgênero remove a vantagem de desempenho masculino e, portanto, oferece uma competição justa e segura. Relatamos que a diferença de desempenho entre homens e mulheres se torna significativa na puberdade e geralmente chega a 10-50%, dependendo do esporte. A diferença de desempenho é mais pronunciada em atividades esportivas que dependem de massa muscular e força explosiva, principalmente na parte superior do corpo. Estudos longitudinais que examinam os efeitos da supressão de testosterona na massa e força muscular em mulheres transgênero mostram consistentemente mudanças muito modestas, onde a perda de massa corporal magra, área muscular e força normalmente atinge aproximadamente 5% após 12 meses de tratamento. Assim, a vantagem muscular desfrutada por mulheres transgênero é apenas minimamente reduzida quando a testosterona é suprimida. As organizações esportivas devem considerar essa evidência ao reavaliar as políticas atuais sobre a participação de mulheres transgênero na categoria feminina do esporte, diz o compêndio do estudo.

Já um estudo de 2021, engendrado por Joanna Harper, que foi uma das estudiosas pioneiras na inserção de trans dentro do esporte, chega à conclusão que o tratamento hormonal diminui sim a força, mas as vantagens ainda podem ser observadas.

A hormonioterapia diminui a força, a massa muscular e a área muscular, mas os valores permanecem acima do observado quando comparados às mulheres cisgênero, mesmo após 36 meses. Esses achados sugerem que a força pode ser bem preservada em mulheres trans durante os primeiros 3 anos de terapia hormonal, diz a conclusão.

Não obstante, os valores de força, massa muscular e área muscular em mulheres trans continuam acima dos de mulheres cisgênero, mesmo após 36 meses de hormonioterapia – O estudo foi publicado pela Joana na revista Journal of Sports Medicine.

Foram pesquisados ​​em abril de 2020 para artigos de 1999 a 2020.

Confira também8M: Lésbicas radicais, bi e trans ressaltam as suas demandas no 8 de março

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