A extrema direita fundamentalista dos EUA abriu uma ofensiva contra os direitos civis da comunidade LGBTQIAPN+. Em meados 2022 foi aprovado diversas leis locais que proíbem o uso de materiais didáticos com qualquer menção às pessoas lésbicas, bissexuais, gays, transexuais e travestis. A mobilidade foi nomeada como “don’t say gay”.
Com isso, agora os fundamentalistas pretendem parar os shows de drags queens em espaços públicos e o banimento da chamada “propaganda gay”, isso já se dá concretizado em países como Rússia e Hungria onde visam criminalizar a sociedade LGBTQIAPN+.
Nos EUA, o Tennessee é o primeiro estado que aprovou a lei que proíbe apresentação de drag queens em locais públicos. O republicano Bill Lee, governador do estado, assinou a lei e afirmou que o intuito disso é “proteger os menores de idade”.
Essa lei começa a valer ainda neste ano e visa que “as apresentações de cabaré adulto, dançarinos de topless, go-go dancers, dançarinos exóticos, strippers, imitadores masculinos ou femininos” só podederam ser feitas em espaços privados, a noite e sem a presença de menores de idade. A violação dessa lei se enquadra em “contravenção ou crimes contra a moral”.
O deputado Lee foi questionado pela imprensa sobre essa lei, e falou que o objetivo é “acabar com entretenimento sexualizado na frente de crianças”.
A União Americana de Liberdades Civis do Tennessee (ACLU) disse estar muito preocupada com a aprovação da legislação anti-LGBT. “A lei proíbe performances obscenas, e performances de drag não são inerentemente obscenas”, diz comunicado da ACLU que, no entanto, atenta para o fato de que a legislação pode ser utilizada “para arrefecer a liberdade de expressão e envia uma mensagem aos tennesseanos LGBTQ de que eles não são bem-vindos em nosso estado”.