O artista e ativista Daniel Arzola fugiu da Venezuela, seu país de nascimento, depois de um ataque homofóbico distópico e traumático: quando tinha 15 anos, um grupo de vizinhos além de destruir seus trabalhos artísticos, amarrou Daniel a um poste elétrico, tirou seus calçados e queimou sua genital com cigarros.
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Anos mais tarde e depois de uma menção virtual sobre seu trabalho por ninguém mais ninguém menos que Madonna, Arzola parece ter alcançado nesta semana um dos maiores feitos para um artista homossexual: seu nome foi homenageado no evento Logo Trailblazer Honors Anual que é uma cerimônia de premiação que celebra vozes que têm impactado os direitos LGBTs.
A noite contou com diversos convidados especiais e premiações e um dos destaques ficou por conta das ilustrações de Arzola que foram exibidas na cerimônia e retratavam figuras históricas de uma maneira especial.
Daniel conta que no momento em que suas ilustrações apareceram no palco, a atriz Debra Messing (protagonista de Will & Grace) se virou e sorriu pra ele dizendo que havia amado aquilo. O ativista conta também que ficou extremamente empolgado ao se sentar ao lado de Cindy Lauper durante todo o evento.
“Eu sinto como se fosse a primeira vez que o mundo me conheceu”, conta. “A energia daquele lugar é mesma a energia das pessoas que construíram aquela comunidade. Eu me sinto honrado”.
A premiação LGBT também concedeu homenagens ao ativista Cleve Jones, à cantora Cindy Lauper e aos criadores da série Will And Grace, Max Mutchnick e David Kohan.
Assista o ator Tittus Burgess (da série Unbreakable Kimmy Schmidt) homenageando o artista venezuelano.