Clau Lopes, estudante de Teatro da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), se destacou com uma performance tocante na Mostra de Performance da instituição. Segundo a Revista Lado A, a apresentação tratava da LGBTfobia e censura nas escolas.
Intitulada “Não à Mordaça”, a performance reuniu recortes de publicações de jornais que retratavam a LGBTfobia, especialmente no meio escolar. Com o intuito de refletir a respeito do Brasil ser o país que mais mata LGBTs no mundo, o estudante usou cenas fortes de violência e discriminação.
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Além do uso de notícias, Clau também performou com uma mordaça e correntes em seu pulso. Os objetos simbolizam a censura que tem dado forma ao cenário político, assim como o futuro da educação no país. “Cabe à Escola contribuir no processo de mudanças, em direção a uma sociedade mais justa e igualitária, plural, laica e humana”, comentou o estudante e professor. A performance foi interrompida por um jovem que não suportou a encenação do sofrimento.
“A opressão e a censura estão dentro de casa, na escola, no local de trabalho. Na rua, nas igrejas, na polícia, no exército, nos meios de comunicação. Em tempos de avanço do conservadorismo, se faz ainda mais pertinente e necessária a reflexão sobre a violência que contraria os princípios de um estado democrático de direito”, concluiu.