Estudante diz ter sofrido homofobia por motorista da Uber

João Pedro Ferreira Sirpe
João Pedro Ferreira Sirpe Foto:reprodução

No último sábado (01), o estudante João Pedro Ferreira Sirpe de 18 anos, alega ter vivenciado uma atitude homofóbica por parte do motorista da empresa de aplicativo Uber, em Belo Horizonte.

Segundo o Põe na roda, João pediu o carro quando estava de saída de um shopping, a opção mais próxima de sua casa era pela Avenida Nossa Senhora do Carmo, porém o motorista insistiu de forma rude a ir por outro caminho.

“Chamei o Uber para ir embora e eu tinha três opções de embarque, escolhi pegar o carro na avenida Nossa Senhora do Carmo, por ser mais perto da minha casa. Aí ele me mandou mensagem, já com bastante grosseria, falando para eu pegar na rua Lavras ou ele cancelaria a corrida.Entrei e pedi para ele passar pela Nossa Senhora do Carmo, que ficaria mais fácil para chegar até a minha casa e não alteraria o preço. Fiquei preocupado de passar por outro caminho por conta das últimas chuvas, por isso insisti na minha opção”, relembra João.

Segundo o estudante o motorista se recusou a seguir suas instruções então os dois começaram uma discussão que durou cerca de dois minutos. O jovem conta ainda que durante a discussão o motorista o observava e ria de seu jeito.

“Eu ando maquiado, então eu sei reconhecer esses preconceitos.”

“O motorista se exaltou mais, parou o carro e falou comigo: ‘Seu viadinho! Desce do carro que não vou te levar não! Sai viado, sai viadinho!’. Eu fiquei sem reação e desci logo. Nunca havia acontecido isso comigo, fiquei indignado. Acho que nem foi tanto pela homofobia, já me assumi há muito tempo, esse tipo de ofensa nem me atinge mais. O problema foi me expulsar do carro e me largar no meio da rua”.

Indignado, João expôs a situação no Twitter, mas ainda insiste para que a empresa não demita o funcionário. O desejo do jovem é de que o homem seja reeducado para que situações como essa não ocorra mais.
Ele também não prestou queixa, porque está de mudança para São Paulo e preferiu não levar adiante o suposto crime de homofobia.

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