Um professor de química foi agredido por um estudante transexual supostamente após ser tratado no feminino na Escola Técnica (Etec) Conselheiro Antonio Prado, em Campinas (SP). O caso aconteceu na quarta-feira (14). A confusão começou após o jovem pular o muro por chegar atrasado para as aulas.
Testemunhas afirmam que o aluno reagiu após se sentir ofendido ao ser tratado pelo educador no feminino. Em entrevista à EPTV, o jovem conta que foi chamado de “nervosinha”. “Sou um homem trans, ele [professor] sabe desde sempre que o pronome é masculino e foi estopim para o surto. Agredi ele, acabei dando um soco no ombro”, contou.
O rapaz afirmou que se atrasou cinco minutos e que ao se sentir desrespeitado perdeu o controle. “Não concordo com a violência, mas por conta do surto não foi algo que controlei na hora”, explicou.
Investigação
Um Boletim de Ocorrência foi registrado como ato infracional de lesão corporal e injúria no 5º Distrito Policial. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) ainda informa que o caso será investigado pela Vara da Infância e Juventude.
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Escola se posiciona
Por meio de assessoria, o Centro Paula Souza afirmou que o docente está no quadro de professores da instituição há 30 anos e nunca se envolveu em episódios como este. No texto, a escola ressalta ainda que o jovem agrediu verbalmente outra funcionária.
Ainda no comunicado, a unidade alega que tem como princípio respeitar a identidade de gênero dos seus alunos. Além disso, capacita os seus colaboradores e promove atividades sobre questões de gênero.
“A situação do estudante está sendo tratada diretamente com os responsáveis”, complementa.