Um estudo feito na Holanda e publicado pela American Sociological Review, revela que crianças criadas por casais homossexuais, tendem a ter melhor desempenho nas escolas, comparadas às crianças criadas por pais héteros.
Nesse estudo, foram incluídos dados sobre todas as crianças nascidas e criadas na Holanda entre 1998 e 2007. Seus desempenhos educacionais foram monitorados até 2019 e foram avaliadas 2.971 crianças com pais do mesmo sexo, sendo 2.786 casais lésbicos e 185 casais gays, e cerca de 1,2 milhão de crianças com pais héteros.
Os resultados mostram que as crianças que cresceram com pais homossexuais têm 4,8% mais probabilidade de se formar do que crianças com pais héteros. Além disso, a maior nota no teste em questão, o “teste CITO”, que cobre habilidades de leitura e compreensão, matemática e muito mais. Ele é considerado um teste de alto risco, pois determina parcialmente que tipo de escola a criança irá frequentar.
Outra coisa considerada pelo estudo, é que a Holanda foi o primeiro país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo (em 2001). Também oferece um contexto cultural e jurídico mais favorável para pais do mesmo sexo que a maioria dos outros países. Cerca de 96% dos holandeses concordam que os gays devem ter os mesmos direitos que os heterossexuais.
Em vez disso, escrevem os autores, os estudos sustentam a ideia de que pais do mesmo sexo geralmente têm status socioeconômico mais alto do que pais heterossexuais. Por exemplo, adoção na Holanda, varia normalmente entre 15.000 e 40.000 euros. E os custos da fertilização in vitro são de cerca de 1.500 euros por tratamento.