Uma ex-funcionária acusou uma refinaria do município de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, de conivência após sofrer assédio no trabalho por causa da sua orientação sexual. As informações são da Revista Lado A.
A mulher, que se define como bissexual, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) no qual alega ter passado sete meses ouvindo insultos e ofensas de um outro colega, após ele descobrir a sua sexualidade. A funcionária trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a refinaria. Ela teria entrado praticamente junto com o agressor, sendo responsáveis pelo setor administrativo da empresa.
Apesar de pedir ajuda sobre o caso aos seus superiores, a funcionária recebeu apoio de poucas pessoas dentro do trabalho, apenas algumas mulheres que estiveram ao seu lado ao saber das ofensas ditas pelo colega sobre a sua sexualidade, com frases como “Gay tem que morrer”, “sapatinha”, “demônio”, “mulher tem que ganhar menos que homem”.
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Para a publicação, ela ainda afirmou que o acusado chegou a dar um tapa em seu bumbum, fazendo uma alusão a uma impressora que estava com defeito, ao dizer que “mulher e impressora só funcionam apanhando”. Em outras situações que ambos estavam sozinhos no mesmo ambiente, ele contava que sairia para não pegar doenças.
A vítima lembrou ainda que ao relatar o ocorrido aos seus superiores foi coagida para não procurar os seus direitos e que o autor do assédio só foi demitido depois que ela registrou a queixa na polícia. A funcionária também foi demitida, porém a justificativa oficial da refinaria seria o fato dela ter enviado um email errado.