Ex-funcionário trans processa o Google após ser demitido por críticas a colegas preconceituosos

Ex-funcionário do Google, Tim Chevalier processa Google após demissão
Ex-funcionário do Google, Tim Chevalier processa Google após demissão (Foto: Acervo Pessoal)

Um desenvolvedor de software trans e também portador de deficiência processou o Google após ser demitido pela gigante da informática, após ter feito desabafos irônicos nas redes sociais, em protesto às opressões que sofria em seu emprego na Califórnia.

Em algumas das postagens que foi responsável pelo seu afastamento, Tim Chevalier contrapõe as falas machistas de outro ex-funcionário que defendia que homens brancos heterossexuais são mais indicados ao trabalho de tecnologia por questões biológicas. Na ocasião, ele usou memes e escreveu mensagens provocativas sobre James que foi punido também.

Ele acredita não ter ferido o código de conduta da companhia, já que as leis anti-discriminação seriam feitas para proteger pessoas como ele, que faz parte de grupos de minorias, e não aqueles que fazem parte da opressão a essas pessoas.

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No processo, Tim afirmou que escutava diariamente declarações depreciativas por mulheres e minorias, nas quais eram sempre colocados como menos competentes em empregos de tecnologia. Em um fórum interno, ele lembrou que um ex-colega disse que a homossexualidade era algo imoral.

“É uma ironia cruel que a Google tenha justificado minha demissão por eu ter postado em minhas redes sociais contra meus agressores”, declarou acrescentando ainda que foi mandado embora sob o explícito argumento que as suas “declarações políticas em oposição à discriminação, assédio e supremacia branca” foram o motivo para o desligamento.

O Google através da sua porta-voz, Gina Sciglian, declarou que apesar da cultura de fomentar o debate contra as minorias, não é qualquer comportamento que será aceito. “Todos os empregados conhecem nosso código de conduta e políticas de serviço, onde promover estereótipos danosos baseados em raça ou gênero é proibido. Mas quando um empregado não faz, é algo que devemos levar a sério. Nós sempre tomamos nossa decisão sem considerar os pontos de vista políticos do empregado”, defendeu.

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