Ex-funcionários acusam fundadores de estúdio de games de homofobia, racismo e assédio

David Cage, fundador da Quantic Dream
David Cage, fundador da Quantic Dream (Foto: Reprodução)

Os fundadores do estúdio de games Quantic Dream, David Cage e Guillaume de Fondaumiere foram alvos de acusações de racismo, abusos sexuais e homofobia por ex-funcionários que relataram um ambiente de trabalho extremamente tóxico à imprensa francesa.

Aos jornais Le Monde e MediaApart, além da revista Canard PC, os ex-empregados contaram que episódios de assédio moral eram comuns na produtora. Montagens que tiravam sarro de alguns colaboradores eram constantemente compartilhadas por e-mail para toda a equipe. Em algumas delas, mostravam as pessoas em posições sexuais com frases machistas e homofóbicas.

Os entrevistados ainda afirmaram que Cage não costuma tratar com respeito os seus contratados, sendo altamente autoritário, além de fazer comentários e brincadeiras pejorativas envolvendo atrizes que participavam das produções da empresa.

Em outra ocasião, o empresário teria questionado a um funcionário oriundo da Tunísia, se um assaltante que aparecia em um caso na TV, era seu “primo”, o que caracterizou um comentário racista. Enquanto Fondaumiere foi acusado de dar em cima das mulheres e tentar beijá-las à Força.

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Em suas defesas, ambos os fundadores negaram categoricamente as acusações. “Você quer falar sobre homofobia? Eu trabalho com a Ellen (Page, em Beyond: Two Souls), que luta pelos direitos LGBTs. Você quer falar sobre racismo? Eu trabalho com o Jesse Williams (em Detroit: Become Human, programado para este ano), que lutou pelos direitos civis nos Estados Unidos. Julgue-me pelo meu trabalho”, rebateu Cage.

A Quantic Dream ainda divulgou uma nota, na qual diz que “condutas e práticas inapropriadas não têm lugar na Quantic Dream. Nós valorizamos cada pessoa que trabalha aqui. É de extrema importância que mantenhamos um ambiente seguro que nos permita canalizar a paixão por criar jogos de videogame.”

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