Um ex-policial da Filadélfia foi preso nesta quarta-feira (20) acusado por várias testemunhas e suspeitos de abuso sexual. Os episódios teriam ocorrido ao longo de sua carreira de mais de dez anos como detetive.
O processo de Philip Nordo inclui várias acusações de estupro, relações sexuais desvirtuadas involuntárias, agressão sexual e má conduta. Além disso ele responde também por intimidação e roubo de fundos da cidade.
Nordo foi demitido em 2017 em meio a alegações de que canalizou dinheiro para uma conta de uma testemunha presa. Ele também foi apontado por manter relações inapropriadas com pessoas ligadas a investigações criminais.
Entretanto, uma investigação mais profunda sobre o assunto revelou que Nordo estava fazendo muito mais do que apenas confraternizar com suspeitos e testemunhas.
LEIA MAIS: EUA lançam plano para descriminalizar homossexualidade no mundo
O júri considerou que Nordo “contatou repetidamente homens jovens que ele procurou preparar”. Usando ameaças e bajulação para “tornar os alvos de seus avanços mais suscetíveis ao seu comportamento sexualmente agressivo e/ou coercitivo”.
Os promotores disseram que as táticas de Nordo incluíam ameaças. “Prender ou prender suspeitos sem causa provável, fraudulentamente direcionar dinheiro para recompensar seu caminho e projetar seu domínio – às vezes exibindo sua arma de fogo, outras vezes alvejando prisioneiros algemados.”
A maior parte do suposto abuso aconteceu dentro de salas de interrogatório ou salas de visitas às prisões. Uma vítima relatou em 2005, quando ele foi preso, Nordo incitou-o a se masturbar em uma sala de interrogatório, alegando que o detetive o beijou durante o encontro, de acordo com o relatório.
LEIA MAIS: Homem que espancou jovem gay confessa crime e confirma homofobia
A vítima denunciou o incidente para prender funcionários, mas não ficou claro no relatório se alguma ação disciplinar foi tomada. O relatório do júri observou que a vítima morreu desde então em um homicídio e o caso não foi resolvido.
Nordo freqüentemente “usava conversa fiada” para fazer suas vítimas se sentirem à vontade antes de transformar as conversas em sexo.
O comissário de polícia da Filadélfia, Richard Ross, disse que o comportamento alegado por Nordo é “absolutamente desprezível” e “repreensível”, mas insiste que ele agiu sozinho em seus crimes.
As informações são do Queerty.