A Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), considerada uma das faculdades mais caras de São Paulo, amanheceu na última terça-feira (25) com uma sala de aula do curso de comunicação depredado com manifestações de cunho homofóbico e a favor da ditadura militar.
As paredes e lousa do local foram pichadas com dizeres preconceituosos e machistas, além de louvar o regime implantado no Brasil entre 1964 e 1985.
Em algumas imagens divulgadas por uma aluna no seu perfil do Facebook, pode ser visa a bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, que estava hasteada no pavimento e foi riscada com as seguintes frases: “tapa na cara das puta” e “falta de surra”.
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Em uma lousa, os vândalos escreveram: “intervenção já, Ustra herói brasileiro”, em referência ao ex-militar reconhecido como torturador na época da ditadura no Brasil, Carlos Alberto Ustra.
“higienização já, esquerda fede”, “17 neles” e “ele sim”, são outros protestos feitos pela sala em claro apoio à candidatura a presidência Jair Bolsonaro. De acordo com informações dos estudantes da Faap, o responsável pelo ataque já foi identificado.
Em nota, emitida para a Agência Brasil, a Faap afirmou repudiar qualquer ato de violência e discriminação. “O fato ocorrido se restringe a uma divergência entre os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles. Em relação à violação do espaço da sala de aula, já foram tomadas as providências cabíveis para garantir a manutenção desse ambiente que estimula a criatividade, a autonomia e a livre expressão de seus alunos”, diz o comunicado.