Filho transexual de Witzel faz trabalho voluntário conta Covid-19 para LGBTs

Nélio Georgini e Erick Witzel entregam cestas básicas na ocupação Casa Nem (Divulgação)
Nélio Georgini e Erick Witzel entregam cestas básicas na ocupação Casa Nem (Divulgação)

Erick Witzel, filho transexual do governador do Rio Wilson Witzel, está envolvido em ações voluntárias contra a pandemia de Covid-19 para a população LGBT em situação de rua ou desassistida

Erick é assessor de empregabilidade da Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual (Ceds), órgão do município do Rio de Janeiro e acionou sua equipe para estabelecer medidas emergenciais para a população LGBT na cidade.

“Entre a população LGBT, tem muitas pessoas em empregos informais, que ficam em situação de extrema necessidade em uma crise. Muitos são profissionais do sexo. Para essa população, que já é muito suscetível em situações normais, agora tudo se agrava”, explica ele ao site Universa.

Erick Witzel (no centro): doação de cestas básicas para moradores da ocupação Casa Nem
Imagem: Arquivo Pessoal

Erick, que já ficou sem falar com o pai que expôs sua orientação de gênero sem a autorização do filho, hoje voltou a conviver com Wilson Witzel e diz que o pai vem fazendo “um ótimo trabalho” frente à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“Eu tenho visto que o governo do estado [do Rio de Janeiro] tem tomado todas as atitudes com base em orientações técnicas. Acho que ele [o pai] está fazendo um ótimo trabalho”, afirma.

“Vejo ele fazendo o máximo que pode. As medidas cabíveis ao estado estão sendo tomadas para conter o coronavírus. Seria melhor se houvesse um alinhamento ao governo federal, mas o que cabe ao governo do Rio está sendo feito. Já ao federal, é com eles lá”, diz ele.

Relação com o pai

Aos 26 anos, Erick prefere não falar sobre as divergências políticas que tem com o pai, mas garante que há diálogo e que o trabalho não é afetado por isso.

“Nesse momento, as coisas estão bem escancaradas”, acredita. “Eu mostro minhas posições. Pensamentos opostos sempre existirão: ele tem os posicionamentos dele, eu tenho os meus. Existem coisas com as quais concordo e outras das quais discordo politicamente”, pondera.

“Mas sei que eu posso agregar coisas boas ao trabalho dele e ele ao meu, tendo como denominador comum pensar o bem da população. Então tem que haver diálogo. A gente conversa sobre todos os assuntos, mas acho importante manter a leveza.”

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