Ativistas LGBT organizaram um protesto, nesta quinta-feira (07), em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro contra a agressão sofrida pelo fotógrafo gay, Felipe Fernandes, de 22 anos, que teve parte do rosto cortado após um ataque com um copo de vidro.
O ataque aconteceu na semana passada em um bar na Rua Monte Líbano. De acordo com a vítima, o agressor teria se incomodado com a sua presença no local por ser homossexual. “Foi só um esbarrão e ele começou a discutir até me agredir. Primeiro foi uma cabeçada e depois fui atingido com o copo de vidro no rosto. A gente acha que isso nunca vai acontecer. Ainda fiquei me perguntando o que foi que fiz de errado”, descreveu ele, que levou três pontos nos ferimentos, ao G1.
Porém, nas redes sociais, o autor do acometimento, que segue com a identidade preservada, pediu desculpas pelo ocorrido, e disse que não tem nada contra LGBTs, negando qualquer tipo de discriminação por causa da orientação sexual.
“Esse fato lamentável ocorreu por uma discussão e logo após uma briga, afirmo que de forma alguma foi homofobia, pois todos que me conhecem sabem que não sou homofóbico. Tenho o maior respeito pela opção sexual de cada um, não tenho problemas em lidar e conviver pacificamente com homossexuais, tenho muitos amigos homossexuais que podem comprovar o que afirmo”, relatou.
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Sobre o pedido de desculpas, Felipe acredita que o agressor se referia a outras pessoas e só o perdoaria se o suspeito falar diretamente com ele. “Se ele me pedir desculpa diretamente, eu aceito e perdoo, mas de qualquer forma ele precisa responder pelo crime que cometeu”, afirmou.
A estudante de comunicação, Julielle Peixoto, de 23 anos, estava no bar no momento da agressão, e foi uma das organizadoras da manifestação. “Estamos todos unidos contra a homofobia”, afirmou. O caso foi registrado na 151ª Delegacia de Polícia e a investigação segue sob sigilo.