Na segunda-feira, dia 17 de maio, que também foi celebrado como Dia Internacional contra a LGBTfobia, a seleção da Francesa de rugby decidiu liberar atletas trans para disputarem jogos femininos. A decisão marcou a data que foi escolhida como luta e resistência para combater o preconceito, a violência e o medo de pessoas da comunidade LGBTQIA+.
A decisão partiu da Federação Francesa de Rúgbi (FFR), que anunciou a criação de uma regra que passa a permitir, oficialmente, a participação de mulheres trans nas competições femininas da modalidade. Pela nova regra, são elegíveis mulheres trans que passaram por um ano de tratamento hormonal e que, a partir desse período de carência, mantêm 5 nmol/L de testosterona no sangue — nos Jogos Olímpicos, o limite é mais amplo, de 10 nmol/L.
“Por muito tempo, a FFR permitiu que as pessoas trans que têm uma atribuição de gênero joguem na categoria de seu registro civil. Mas nossos novos regulamentos também incluirão pessoas em processo de transição“, explicou, ao Le Monde, o presidente da entidade francesa, Serge Simon
Recentemente, a World Rugby passou a vetar essa possibilidade no esporte internacional, o que causou críticas na comunidade do rúgbi, que é tido como um esporte inclusivo. A atleta Alexia Cérénys, do Lons, disse ao Le Monde que está encantada como o grande avanço na regra que essa é uma forma de “desconstruir os preconceitos contra as mulheres trans no esporte”.