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Religião

Fred Nicácio afirma que teve que sair da igreja evangélica por sua orientação sexual

O médico falou que cresceu na Igreja Evangélica, mas com o decorrer do tempo o espaço começou a ser um lugar “torturador”

Publicado em 24/02/2023

Em uma conversa que Fred Nicácio teve com o brother Cara de Sapato no BBB23, ele comentou sobre sua vida espiritual. O médico falou que cresceu na Igreja Evangélica, mas com o decorrer do tempo o espaço começou a ser um lugar “torturador”.

“Cresci na Igreja Batista, fui consagrado, batizado com 10 anos. A igreja foi me ensinando muitas coisas incríveis, mas foi um ambiente muito torturador para mim também. A minha família sempre foi muito envolvida com a diretoria da igreja, com os pastores, então eu vi muita coisa que era hipocrisia, vivi muita coisa que era hipocrisia dentro da minha casa, nos ciclos de diretoria que eu frequentava, líderes de jovens, nas células, eu vi muita podridão humana”, disse.

Nicácio revelou também que em hipótese alguma irá criticar a igreja, pois aprendeu muita coisa lá, porém notou que ficou “muito pequeno” a vida evangélica para ele.

“Você jamais vai me ver falando mal da igreja, porque ela me deu valores civilizatórios muito importantes, porque, antes de eu saber que roubar era crime, eu já sabia que era pecado, que Deus não gostava, então eu não fazia. Eu não respondia meus pais porque eu sabia que Deus não gostava, então eu aprendi muitas coisas que eu levo na minha vida até hoje”.

Falou também: “Eu olho para a igreja como um calçado que ficou pequeno para o meu pé. Eu precisava de um calçado maior, mas muito tempo não andei descalço porque a igreja me serviu. Sou muito grato à igreja por não andar descalço por muitos anos, por me ensinar, por me acolher, por me dar valores, por me permitir ter minhas primeiras experiências espirituais, então, quando eu sentia o Espírito Santo na igreja, era muito real”.

Fred falou sobre a ruptura que teve por conta de sua sexualidade e que ficava sempre mal pelas pessoas falarem que “Deus não o amava”.

“Quando eu tive essa ruptura dolorosa com a igreja por conta da minha sexualidade, porque a Igreja Batista não aceita pessoas gays. Então, foi muito doloroso eu estar na igreja, entender que sou gay e o pastor e as pessoas dizendo que Deus não me aceitava, que não me amava, que o que eu fazia era pecado, imundo, sujo. Como que eu ficava diante daquilo? Eu ficava achando que Deus não me amava e você entra em crises que a igreja não consegue te acolher mais e tive uma ruptura muito dolorosa por não ser aceito onde eu nasci. Eu fazia orações de madrugada, fui para monte orar, tentei namorar meninas, mas não é assim que funciona. Eu sou assim, meu desejo é diferente. E por mais que eu pedisse a Deus, nada em mim mudava, então me sentia muito mal, me sentia culpado”, revelou.

“Uma vez, fui compartilhar isso com o pastor, que tinha desejos homossexuais e ele me tirou do coral da igreja porque falou que ‘uma laranja podre apodrecia a caixa inteira’. Ele tinha medo que eu contaminasse os outros com meu pecado terrível”.

O médico finalizou dizendo que foi para o Culto de Ifá, um culto tradicional ioruba, após sentir a mesma coisa que sentiu na igreja evangélica. “Aí, depois de 10 anos da minha ruptura, eu fui conhecer outras religiões e tive a primeira experiência em um terreiro, era a mesma coisa que sentia no louvor da igreja. É o mesmo Deus, eu fiquei maravilhado de poder encontra Deus, o mesmo Deus que eu sentia na igreja, mas em um terreiro. Mas era uma linguagem diferente, porque lá eu era aceito e não era julgado como um pecador, então escolhi ficar aqui”, concluiu.

Reprodução/Twitter

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