Gay

Gabeu concorre ao Grammy Latino de melhor álbum sertanejo

Ele disputa o prêmio com Chitãozinho e Xororó, Matheus e Kauan, Lauana Prado e o projeto Patroas, de Marília Mendonça e Maiara e Maraísa

Gabeu
Gabeu (Silas H / Divulgação)

Gabriel Ferlizado, ou Gabeu como é conhecido, tem 24 anos, é gay e representa a diversidade sexual e de gênero no universo da música sertaneja. Filho do cantor Solimões, da dupla com Rio Negro ele é a mais nova aposta do mundo country brasileiro e concorre com nomes de peso pelo trofeu do Grammy Latino 2022.

Com o álbum Agropoc ele disputa com Chitãozinho & Xororó, Matheus & Kauan, Lauana Prado e com a grande favorita, o projeto Patroas, de Marília Mendonça e Maiara & Maraísa o prêmio de melhor disco sertanejo.

Para o paulistano Gabeu, natural da Franca, só de estar lá estreando seu novo álbum, em uma premiação tão grandiosa, já o torna vitorioso. O jovem cantor inova em suas composições sertanejas com a temática gay em um ambiente tomado pelo machismo.

Em uma conversa com a VEJA, Gabeu falou sobre suas expectativas no Grammy Latino e seu novo projeto. “Vamos continuar cantando sobre levar chifres, mas vai ser sobre levar um chifre gay. A gente gosta da sofrência, gosta de cantar sobre a dor do amor, da dor do chifre”, disse o cantor.

Sobre suas expectativas: “Fiquei muito surpreso e muito feliz de estar ao lado de nomes gigantescos. É uma galera que é referência no meu trabalho e estar ao lado deles é absurdo. Eu pensei: ‘O que está acontecendo?‘”.

O álbum Agropoc, que tem um trocadilho na expressão POC (usado para designar alguns membros da comunidade gay) se torna uma nova vertente no sertanejo, que podemos chamar de Queernejo.

O músico conta que suas influências musicais vêm de seu pai, é claro “eu cresci com a música dele em casa né”, desde 1998 ano de seu nascimento e também quando a dupla estourou o sucesso de São Paulo a Belém. Me inspiro também em outros artistas da música country, como Shania Twain e Orville Peck, que é um cantor que, sonoramente é muito característico do country, mas é gay e também trabalha o discurso da representatividade nesse estilo musical. Hoje, por exemplo, Lady Gaga é a minha diva maior. Sou muito fã. Quando ela lançou Joanne, eu pensei: “Foi feito para mim”.

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