Desde 1997 em alguns lugares do mundo, e agora no Brasil, são promovidas em todo mês de outubro campanhas de prevenção e tratamento do câncer de mama. Mulheres e homens podem ter esse acometimento, mas é certeiro dizer que as campanha tem um foco mais dedicado às mulheres cis.
Numa iniciativa inclusiva, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte fez uma campanha promovendo o autoexame entre homens transexuais, principalmente pelo fato de terem nascido com outro sexo biológico. A ação traz uma representatividade útil e essencial para o público desassistido nessa vertente.
Primeiro, o perfil do Facebook informou quem são as duas pessoas na foto e o contexto da campanha: “O Lauro Gabriel Bezerra (enfermeiro, 25 anos) e o Lucas Henrique Azevedo (fisioterapeuta, 26 anos) são homens transexuais e aceitaram participar da nossa campanha de prevenção e combate à doença para lembrar que ela não atinge somente mulheres cisgênero (que se identificam com o gênero biológico)”.
Também trouxe a tona os riscos de todo tratamento hormonal que os homens transexuais se submetem: “A hormonioterapia pode gerar um aumento do risco de câncer nas mulheres trans. Para os homens trans que passam pela retirada das mamas (mamoplastia), o risco de desenvolver a doença é reduzido, mas não é anulado por completo”.
“Os homens trans que optaram por não retirar a mama ou não conseguiram ainda a realizar a mamoplastia, devem seguir as mesmas recomendações das mulheres cis: mamografia anual a partir dos 40 anos e o auto-exame. Os que já realizaram a mamoplastia precisam ficar alertas e, caso um nódulo apareça, procurar um médico”, ainda colocava o texto, trazendo recomendações.
Por fim, explicou quem está por trás e os intuitos do projeto: “Essa e outras temáticas são debatidas diariamente pela Sesap, por meio da Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação, que dialoga e tem contribuído para construir políticas públicas em saúde para homens trans e outros segmentos sociais incluídos na política de equidade. Se cuida, se toca“.