Dados apontam que no Brasil uma em cada cinco empresas costumam limar candidatos LGBTs em processos seletivos, por causa de uma política discriminatória. Pensando nisso, ativistas do movimento lésbico criaram um grupo no Facebook para compartilhar vagas de emprego em empresas que se consideram gay-friendly, o “Indique uma Sapa”.
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Além de compartilhar as oportunidades, criada em abril, a página é considerada uma rede de empoderamento e inclusão profissional, e já conta com mais de 2.665 membros. A iniciativa conta ainda com o apoio de coletivos e movimentos ligados ao direitos de mulheres LBTs, como o Sapa Roxa.
“Percebemos que muitas dessas mulheres sofrem perseguição no ambiente de trabalho devido a sua orientação sexual. A situação piora no caso das lésbicas negras, que sofrem duplo preconceito. Então, o diálogo, a aproximação e a troca de informação funcionam como rede de afeto e suporte psicológico”, ressaltou Ana Claudino, uma das organizadoras do grupo para o jornal Brasil De Fato.
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A especialista Valdeniza Peixoto professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), pontuou em entrevista ao jornal Correio Braziliense que a dificuldade de mulheres para ingressar no mercado de trabalho é uma realidade histórica e cultural.
“As mulheres vivem essa condição de subjugação, tendo dificuldades em todas as frentes do mercado de trabalho, há centenas de anos, devido ao fato de termos uma sociedade fundada em modelos e morais altamente patriarcais. Então a adversidade é geral, algumas, porém, enfrentam resistências a mais por conta do espaço que habitam”, explicou.