Um homem teve sua vida exposta publicamente após ter sido vítima de um assalto. Christopher Keys, 56 anos, de Macon, Geórgia, esperava no motel um garoto de programa que contatou pelo Craiglist, mas recebeu dois rapazes encapuzados e armados.
Ao chamar a polícia para relatar o assalto, em vez de receber ajuda, Christopher, que não era assumido, foi indiciado por “solicitação de sodomia” e teve o ocorrido divulgado publicamente pelo departamento de polícia.
Keys pretendia dizer a amigos e familiares que teria sido sequestrado e levado ao quarto de motel quando chamou a polícia, mas teve sua vida devastada pelo comunicado feito pela delegacia de Bibb.
De acordo com o relatório que Keys registrou com a polícia, dois homens mascarados bateram na porta e o detiveram sob a mira de uma arma e roubaram sua carteira, chaves de casa e do trabalho, carro, e um telefone celular.
Em vez de ajudar Keys, a delegacia optou por prendê-lo e acusá-lo de “solicitação de sodomia”, que continua sendo um crime específico na Geórgia, 17 anos depois que o Supremo Tribunal dos EUA revogou as leis de sodomia que proíbem o sexo gay.
A polícia também postou mensagem no Facebook detalhando o incidente na íntegra, a fim de contradizer os “rumores” circulantes, depois que a vítima contou aos amigos uma versão editada da história na qual ele foi sequestrado e levado para o motel.
Segundo nota do GayStarNews, a publicação no Facebook da delegacia dizia: “Keys afirmou aos policiais que deveria encontrar um homem no quarto nº 111 de um motel. Uma investigação revelou que Keys era um visitante frequente do Regency Inn & Suites desde janeiro.
“Keys disse aos policiais na época do relatório em 19 de maio que não queria que isso acontecesse e que não queria que ninguém conversasse com seus parentes. Keys disse que ia contar ao pai que foi sequestrado de outro local e levado para o motel.
“Com base nas informações descobertas no decorrer da investigação, Keys foi preso e acusado de solicitação de sodomia. A delegacia continua investigando o roubo pessoal relatado por Keys”.
Vida exposta e perda do emprego
A vítima gay, que queria ficar no armário, trabalhava em uma escola religiosa como professor de estudos bíblicos, a Tattnall Square Academy, segundo o Macon Telegraph. No entanto, ele já foi removido do quadro de funcionários no site da escola.
A escola disse ao jornal: “A Tattnall Square Academy só recentemente tomou conhecimento das acusações contra nosso ex-funcionário, Christopher Keys. Não temos comentários ou informações sobre o assunto sobre o qual ele é acusado”.