(foto: Reprodução)Homem trans enfrenta barreiras sociais e institucionais durante gestação
A experiência de gestar em um corpo trans segue ocasionando desafios sociais e institucionais, que ainda insistem em restringir a maternidade a padrões cisnormativos. A vivência de homens trans com útero, capazes de engravidar, é pertencente ao artista e assistente audiovisual Beijamin Aragão.
Ele descobriu estar grávido enquanto fazia uso de testosterona, fruto de sua relação com a produtora cultural travesti Ella Monstra. Em entrevista ao portal g1, ele enfrentou empecilhos muito além das mudanças físicas da gestação, que foram do plano de saúde ao conseguir atendimento com uma obstetra.
Ao receberem a Declaração de Nascido Vivo (DNV), documento essencial para registro civil, Beija e Ella enfrentaram mais uma situação de apagamento, em que o sistema associava automaticamente a pessoa que pare como “mãe”, ignorando configurações familiares diversas e identidades de gênero.
“No plano, a maior dificuldade foi o sistema entender a possibilidade de um homem trans engravidar, porque eu já sou retificado, todos os meus documentos já são retificados enquanto gênero masculino, e o próprio plano não me possibilitava a possibilidade, por exemplo, de marcar um consulta com uma obstetra”, reclamou o artista. “Eu tive que ir lá na central deles, eles alteraram o meu gênero, de masculino para feminino, para eu conseguir acessar o sistema e conseguir marcar uma consulta com uma obstetra”, lamentou Beija.
Do agendamento de consultas à recepção hospitalar, ao qual passa por protocolos médicos e formulários engessados, as barreiras burocráticas só reforçam o quanto o cuidado em saúde ainda precisa evoluir para abraçar a diversidade.

Loja física e online de produtos para o público LGBTQIAPN+ Vista-se de ORGULHO com a Pride Brasil! pridebrasil.com.br Rua Augusta, 1371, Loja 17, em São Paulo.

