Um dos atores mais consagrados de Hollywood, Ian McKellen aceitou prestar o seu depoimento para um documentário sobre a sua trajetória. Dirigido por Joe Stephenson, “MC Kellen: Playng the Part” trata de assuntos delicados e marcantes como quando se revelou gay em entrevista para a revista “Time Out”.
Mc Kellen falou sobre a polêmica em torno do fato do personagem Dumbledore (Jude Law) não ser explicitamente gay no filme “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” e sobre a falta se representatividade de personagens LGBT.
“Ele não é? É uma pena. Bom, ninguém vê os filmes de Hollywood para comentários sociais, vê? Eles só agoram descobriram que há pessoas negras no mundo. Hollywood mal tratou mulheres de todas as formas possíveis em sua história. Homens gays não existem (para Hollywood). ‘Deuses e Monstros’, eu acho, foi o início de Hollywood admitir que há gays, mesmo que metade de Hollywood seja gay”, criticou ele.
O astro hollywoodiano lembrou quando perdeu um papel após falar abertamente sobre a sua sexualidade. “Harold Pinter me queria em um filme de 1983, “Betrayal”, e ele me levou para conhecer o produtor, Sam Spiegel. Quando fui ao seu escritório, eu acabei comentando que ia para Nova York. Ele disse: ‘Vai levar a família’. Eu respondi: ‘Não tenho família, sou gay’. Acho que foi a primeira vez que admiti ser gay a alguém. Bem, eu estava fora do escritório em dois minutos”, contou o veterano.
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Ian ainda acrescentou que o diretor só te pediu desculpas duas décadas e meia depois. “Levou 25 anos para Pinter se desculpar por não se manter firme comigo. Mas jovens atores de Londres agora se revelam há anos. Este é o futuro.”
Hoje, ele conta que a realidade é completamente diferente. “Quando vou a escolas para falar sobre direitos dos gays, as crianças não acreditam nisso. Não é um problema para eles”, analisou.