Quando se fala sobre LGBT+ logo se associam à juventude, progressismo. Mas, é preciso incluir as pessoas idosas, que nem sempre são lembradas ou não possuem a devida representatividade e atenção do movimento. Até porque, essa geração de pessoas hoje idosas também tiveram sua orientação ou identidade de gênero reprimidas por preconceitos, medos ou culpa. Mas, onde elas estão?
Pessoas LGBT+ idosas muitas vezes são vítimas de preconceito até mesmo pela própria comunidade. Gerações mais novas tendem a se afastar e colocam a velhice para o julgamento da sociedade, logo eles, que foram os primeiros que lutaram por direitos. Mas, por focar na própria sobrevivência, muitos não pensam no futuro. O grupo LGBT+ de pessoas idosas, além de carregar a velhice nos ombros, também são invisíveis perante a causa.
De acordo com uma análise mais aprofundada da Revista Carta Capital, onde faz uma comparação em um trecho da música da artista Linn da Quebrada sobre o envelhecimento LGBT+, mostram tabus existentes às questões de gêneros e de sexualidade que privam e limitam as pessoas idosas no amor, no sexo e no prazer.
A composição A Lenda, da artista, fala sobre a “lenda da bicha esquisita”, sobre a cobrança de corpos culturais, musculosos, estereotipados da masculinidade dos homens gays, a feminilidade que oprime mulheres lésbicas e principalmente as pessoas idosas. O fato é, que esses corpos envelhecem, caem com o passar dos anos e são ofuscados pelo preconceito de uma geração mais nova.
“Vou te contar a lenda da bicha esquisita. Não sei se você acredita, ela não é feia (nem bonita); Mas eu vou te contar a lenda da bicha esquisita. Não sei se você acredita, ela não é feia (nem bonita)“. A cantora paulistana da periferia de São Paulo vem quebrando padrões sociais com seu trabalho na arte da música. Além de cantora, Linn ainda é ativista pelos direitos da população LGBTQIA+ e comunidade negra.
Linn da Quebrada – A Lenda