O ator Jesuíta Barbosa criticou em entrevista ao jornal O Globo, a obsessão das pessoas de sempre se importarem com questões como a sexualidade ou a identidade de gênero do outro. Para ele, tal comportamento acaba por ser limitador.
“Em geral, elas ficam presas nesse papo de se é gay, se não é gay… Essa coisa sistêmica do que é ou não é constrange”, afirmou.
Sobre como reage quando é questionado a respeito da sua sexualidade – Ele se assumiu bissexual em meados do ano passado – Barbosa se diz incomodado. “Há uma ditadura de enquadrar você em certos lugares. As pessoas que me perguntam isso têm a necessidade de rotular. É um lugar desconfortável e pouco inteligente. Elas precisam entender que são perguntas insuportáveis e burras, uma encheção de saco“, desabafou.
O global ainda falou sobre a sua personagem Shakira do Sertão na supersérie “Onde Nascem os Fortes”. “Vejo Shakira como uma ninfa ou uma deusa grega que está à margem naquele sertão. O personagem leva uma vida dupla por precisar se esconder do pai e da sociedade preconceituosa. E, por mais que saiba que pode ser descoberto, se apresenta como Shakira.”
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“Há uma força motriz que o leva para aquele lugar, uma necessidade de investigar sua “travestilidade”. Foi a forma que encontrou para entender sua identidade. Em casa não tem a mesma liberdade”, completou.
Jesuíta acredita que os personagens quebram as barreiras de gênero. “A gente nasce e já é encoberto de preceitos e preconceitos, que nos colocam rótulos de gênero, de quem é homem ou mulher. Hoje em dia a gente entende que gênero não tem a ver com o corpo físico. É uma questão de crescer com liberdade de consciência. Ramirinho tenta romper a barreira imposta pela família, uma informação heteronormativa.”