O jornal NRC revelou em reportagem no sábado (15), que mais da metade dos bispos e cardeais holandeses entre 1945 e 2010 sabiam da existência de agressões sexuais contra crianças em sua maioria meninos, menores de 13 anos, dentro da Igreja Católica.
“Vinte dos 39 cardeais holandeses, bispos e bispos auxiliares foram implicados em casos de abuso”, apontou a publicação.
Contatado pela agência AFP, o catolicismo holandês disse “confirmar uma parte” dessas revelações. Algumas baseadas em informações anônimas obtidas pela célula de acolhimento de vítimas implementada pela Igreja.
“Os nomes de vários bispos correspondem ao que é informado em um relatório encomendado pela Igreja em 2010”, disse uma porta-voz da Igreja Católica Holandesa, Daphne van Roosendaal.
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Os religiosos mencionados morreram, em sua maioria, e todos os casos já prescreveram. Os que ainda estão vivos não quiseram comentar o caso. A comissão contra a pedofilia do Papa Francisco já contou que o combate às agressões contra as crianças devem ser prioridade.
A Igreja Católica alemã declarou estar “envergonhada”, na semana passada, pelo vazamento do estudo no qual revelou que pelo menos 3.677 crianças foram vítimas de abuso sexual por 1.670 clérigos, de acordo com uma investigação da Conferência Episcopal Alemã, que foi consultada pela revista “Der Spiegel” e pelo jornal “Die Zeit”.
O relatório acusa a igreja por “destruir ou manipular” documentos ligados aos suspeitos, e “minimizar” a seriedade e a extensão dos acontecimentos.